28 de setembro de 2010

Alto-estrato



No fundo da minha mente
Adormece a ciência latente,
A fonte da sabedoria dos antigos.
No fundo dos meus olhos
Existe um lago profundo,
O abrigo da resposta absoluta.

Eu resisti ao tempo sobre as ruínas,
Com a vida através dos sonhos
Persegui o elixir para curar as feridas
Que você deixou em minha alma.

Eu ainda sinto em mim.
Não houve volta, não houve troca.
Nenhuma doutrina vai reaver o que perdi.
Eu transmutei meu coração
Em busca de um alquimista que me faça esquecer.

Eu ainda sinto em mim,
Latente no meu sangue uma parte sua
Que se desenha no céu,
Formando um véu espesso cinza.
Véu que cobre minhas palavras
E assim faz com que caiam no vazio.


Francielly Caroba

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