1 de agosto de 2021

Exaustão

 



Era noite na porta da madrugada,
Seu corpo desabou na cama.
Já conhecia seu cansaço,
Seu companheiro nos últimos meses
E ela sabia que quando acordasse,
O cansaço ainda estaria nos ossos.

Porém havia algo que ela não desconfiava,
Que sua mente sofria além da raiva que sentia.
E seu coração de súbito acelerou
Como se quisesse sair e correr,
Fugir covardemente de si mesma.

Então ela chorou...
Afundou seu rosto no travesseiro,
Abafou os soluços e deixou fluir.
A exaustão é silenciosa...
Ela queria que continuasse assim,
Calada e sem testemunhas.
Quando percebessem apenas restariam cacos.




Francielly Caroba
[Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]