28 de fevereiro de 2011

De novo a Lua Nova



O chamado da fera se calou
Nessa noite derradeira
De novo a Lua Nova
Ao meu céu retornou.

No brilho invisível
O meu olhar se abrigou,
Intocável
O meu espírito se revelou.

Ainda forte
Das minhas batalhas,
Ainda frágil
Dos meus erros.

No cair da noite
Eu selei no céu
Em veludo entre nuvens
A minha sorte.

Francielly Caroba
[Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]

14 de fevereiro de 2011

Amanhece mortal



O sol está suspenso
tocando as cortinas,
as rendas da tua vida...
Desce do teu devaneio,
ainda sonâmbulo
lembra-se do cheiro,
a essência continua no ar...
A tua alma caminha
descalça e cambaleante
entre teus dons,
tentando se apoiar...
O teu corpo permanece
ludibriado pelos sons
e os efeitos do toque
(involuntário)
com o teu outro lado.

Francielly Caroba
[Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]

5 de fevereiro de 2011

Chamado



O medo me seguiu pelos corredores,
Desenhados nas paredes
Parecem vivos,
Vigiam-me.
Sempre sozinho,
Sempre perdido,
Confuso, com frio...
Tem alguém aí?
Batendo em portas trancadas,
Janelas sempre embaçadas
Parecem mortas,
Chamam-me.
Sempre chorando,
Sempre gritando,
Transtornado, com medo...
Desculpe-me, não queria te acordar.


Francielly Caroba
[Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]