6 de maio de 2011

Nos cegam



E mais uma vez o Sol fugiu,
Todas as noites a Lua toma seu lugar.
Às vezes me pergunto: o amanhecer vai voltar?
Luzes invisíveis correm meus olhos
Que procuram, que curvam, que entalham
Nos objetos noturnos, sinais perdidos
Levam ao norte, ao sul, sem direção,
Até perder de vista a densa escuridão...
Lá, onde a luz não gera sombra,
Nos ângulos zero dos olhares,
Cegam as visões, as nossas sombras.

Francielly Caroba
[Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]

2 comentários:

  1. Depois dos ângulos zeros de olhares, estará o infinito em ruína circulares fazendo o tempo girar, acredite e tudo se transformará.

    Um beijo carinhoso e bom final de semana.

    Carmen.

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  2. Como a cantiga "Noite após Noite"

    Nuvens velozes abrem-se, devolvem-nos a branca Lua
    E sua sombra fugaz escurece a escadaria de jade.
    A mil quilômetros, contemplamos o mesmo reflexo,
    Mas saberás o que me vai no coração, noite após noite?
    **
    Ou-yang Hsiu


    Seu blog é muito lindo! Adoro o modo como escreve. Se permitir, estarei sempre comentando seus escritos.

    bjs

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