15 de julho de 2010

Advogado do Diabo

Culpado ou inocente?
Um réu indiferente.
Listando provas e evicências
Depois construindo as aparências,
Advogar é como atuar.
Defendo quem me contratar,
O olhar fixo sobre o julgamento.

Insinuando falhas legais,
Notificando jurís formais.
Ouçam minha voz que não desafina.
Estou disposto a muito mais
Não importam quais são os fatos reais.
Tanto faz a minha crença,
Entendo tudo desde que eu vença.


Francielly Caroba
[direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]

Um comentário:

  1. Em meio a este jogo de cartas marcadas o que importa logo se mostra de modo explícito e vazio. Matar, roubar, torturar... nada disso será levado em conta se aquele que a defesa apronta souber se portar.
    Advogar como negócio não é mais que defender um capital, e aquele mais preparado e embasado comemora, ao fim de uma sentença que não aponta culpado, o girar desta sociedade sem lógica, justiça ou moral... estamos na era do capital.

    Bruno Raphael

    ResponderExcluir