27 de junho de 2010

Dissimulação

O seu olhar está se esquivando pelas ruas...
Que mãos tremulas são as suas.
Eu sei ler seus sinais...
Preciso dizer algo mais?
Fazer o que se a sua voz te acusa,
Para mentir precisa ter postura.
Ser uma pedra de gelo ajuda,
Levada pela corrente de frio
A palavra sai nua e crua.
Sério que você ainda acredita em mim?


Francielly Caroba
[Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98]

2 comentários:

  1. Aos poucos as revelações que, pela voz nunca seriam ditas, aparecem diante a poesias como esta.
    De estilo misterioso e inquieto.
    Mistura-se o belo e o cru de um período "grunge" e de sentidos ainda pouco explicitados...
    Mantem-se ótima em seu silêncio gritado por devaneios em versos, a controvérsia que opõe: os dizeres de um mudo.

    ResponderExcluir
  2. Fracielly! sigo te lendo e como acredito que os versos conVersem, colo aqui um poema meu para seguirmos conversando!!

    Sombras da esquina

    Homem de sombras...
    Esquivas memórias
    Sem teus amores oblíquos
    Engaveto meu sofrer
    Deito meus sentimentos
    E não busco qualquer esquina
    Nem cato teu retrato
    Esquecida Imagem.

    Homem da esquina...
    Ligeira sombra
    Sem tua presença
    Dobrei meus sonhos
    Assombro-me
    E não lapido qualquer falso cristal.

    Um beijo e seguimos, parabéns pela tua poesia.

    Carmen Silvia Presotto
    www.vidraguas.com.br

    ResponderExcluir